quinta-feira, 9 de junho de 2011

Post da Mamãe Renata

Ai, esse depoimento me matou de emoção, de identificação, de orgulho!
Essa minha amiga-irmã-cumadre é a pessoa mais inteligente que conheço... somos grandes amigas há mais de 25 anos! Não vou me estender aqui porque a "bagagem" é grande demais!!! rsrs. Imperdível...


"Minha melhor amiga tem me enchido de orgulho com sua iniciativa e seu talento. A Mimo e o blog  tornam o dia-a-dia de muitas mamães, bebes e amigas muito mais bonito. E é muito bom vê-la cheia de entusiasmo e dedicação.
Ela me pediu um post.
Que responsabilidade....
Pensei em dicas sobre problemas respiratórios, passeios em São Paulo, como escolher uma boa escola, uma boa babá...
Mas aí, escolhendo o tema dessa escrita, pensei nas nossas tantas conversas... e percebi o que acho que é o ponto mais presente na vida de uma mãe: o desejo de acertar.
Com o bebê nasce uma mãe e um novo senso de responsabilidade, prioridade.
A maior alegria, o maior amor, passam a conviver com um não descanso, uma cobrança enorme sobre si mesma e um sentimento de culpa insistente.
Num mundo onde o certo e o errado são conceitos cada vez mais abertos nos pegamos paralizadas diante de um chilique de nossos pequenos.
Converso? Explico? Ponho de castigo? Grito? Abraço? Ignoro? Distraio? Chamo o pai? A babá? Algum Santo?
É normal? Procuro uma psicóloga?
O diálogo interno cansa mais que a própria tentativa de contenção do chilique.
E sentimos sobre nós o peso de estar sozinhas nessa responsabilidade.
Porque pais participam, brincam, curtem, apóiam, pagam contas.
Mas não sabem telefone de pediatra, nem doses de remédios, nem cuidados com alimentação ou higiene.
E o pior: mesmo com menos tempo com os filhos, nesses pequenos momentos, os “desgraçados” conseguem se divertir, nem ligar se é hora de banho, comida ou limpar nariz.Dão risada, jogam o menino para o alto e fica tudo bem.
E pra educar, ser respeitado pelo seu filho e conseguir se divertir com ele, já estamos carecas de saber: não há fórmula.
Há sim um convite ao auto-conhecimento, à tolerância, à cumplicidade e ao amor.
Pelo filho, pela família e por nós mesmas.
E percebo que, estando tranqüila comigo, o chilique não me tira do sério.
Consigo dar risada do quanto meu marido é desligado.
Vejo que a gente pode ser cúmplice e se permitir curtir mais o momento.
Mesmo com o nariz meio sujo, o remédio um pouco atrasado ou tendo que deixar a hora da comida ou do banho pra lá.
É possível permitir-se. Divertir-se. Esquecer um pouco as regras.
Entender que o melhor para o filho também tem muito a ver com o melhor pra gente.
Que eles e nós precisamos de uma pausa, pra fazer as nossas coisinhas, no nosso tempo. E poder entender que não há um só caminho. Sempre alguém vai dar um palpite, mas podemos fazer do nosso jeito. E esse jeito pode mudar com a gente.
E cada conflito a gente vai se conhecendo e entendo melhor o que de verdade nos chateia e nos faz feliz. Então percebemos que, muitas vezes essas coisas não estão fora, mas dentro da gente.
E nada melhor que uma boa conversa com uma grande amiga pra deixar as coisas mais claras e mais leves.
E ajudar a gente a relaxar, se aceitar e poder curtir essa melhor coisa do mundo que é ter um filho."

Renata Píres, mãe do Levi, de quase 2 anos.


4 comentários:

  1. amei!!!!! e nem tenho filho. só 2 cachorros! hehe
    beijos Renatinha!

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  2. Sou este pai apaixonado pela minha mulher, pelo meus filho e por tudo que eles trouxeram, como, por exemplo, a impagável amizade da Raquel e toda família.

    Tb não me perdôo a cada dia por ter chegado tarde do trabalho mais uma vez, a ponto de não ter visto meu filho acordado, não ter jantado com minha mulher, e às vezes não conseguir desligar dos problemas nem quando estou com a família.

    Se este universo é meu abrigo, nele tento ser feliz a todo custo, a ponto de não ligar pro nariz sujo, pra hora do remédio ou pro casaco por causa do vento.

    Resumindo, nós pais tb temos nossas neuras e tb vivendo querendo nos livrar delas, por mais caricato que seja. E o que importa mesmo é que todos nós, pais, mães e filhos, fazemos todos estes esforços e concessões pelo mais absoluto amor que nos une, que é mais forte e pleno a cada segundo, e, mais do que tudo: vale sempre muito pena.

    Parabéns pelo blog. Tá lindo!

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  3. Rê,
    Show! Ser mãe é isso mesmo!
    Bjao,
    Juliana Lerche Pires

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  4. Renaaaata, você conseguiu definir o ser mãe (no desejo de acertar)em poucas palavras, é isso mesmo! Me vi...desde que a Luiza nasceu mudei completamente sem deixar de ser a mesma. Acho que só uma mãe entende isso e sabe que é possível né?!
    Puxa, e o pai do Levi hein? ADOREI o depoimento viu Hélcio. Eu e o Danilo compartilhamos de todos esses sentimentos...
    beijos grandes na family,
    Talita

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