Ai, esse depoimento me matou de
emoção, de
identificação, de
orgulho!
Essa minha
amiga-irmã-cumadre é a pessoa mais inteligente que conheço... somos grandes amigas há mais de 25 anos! Não vou me estender aqui porque a "bagagem" é grande demais!!! rsrs.
Imperdível...
"Minha melhor amiga tem me enchido de orgulho com sua iniciativa e seu talento. A Mimo e o blog tornam o dia-a-dia de muitas mamães, bebes e amigas muito mais bonito. E é muito bom vê-la cheia de entusiasmo e dedicação.
Ela me pediu um post.
Que responsabilidade....
Pensei em dicas sobre problemas respiratórios, passeios em São Paulo, como escolher uma boa escola, uma boa babá... Mas aí, escolhendo o tema dessa escrita, pensei nas nossas tantas conversas... e percebi o que acho que é o ponto mais presente na vida de uma mãe: o desejo de acertar.
Com o bebê nasce uma mãe e um novo senso de responsabilidade, prioridade.
A maior alegria, o maior amor, passam a conviver com um não descanso, uma cobrança enorme sobre si mesma e um sentimento de culpa insistente.
Num mundo onde o certo e o errado são conceitos cada vez mais abertos nos pegamos paralizadas diante de um chilique de nossos pequenos.
Converso? Explico? Ponho de castigo? Grito? Abraço? Ignoro? Distraio? Chamo o pai? A babá? Algum Santo?
É normal? Procuro uma psicóloga?
O diálogo interno cansa mais que a própria tentativa de contenção do chilique.
E sentimos sobre nós o peso de estar sozinhas nessa responsabilidade.
Porque pais participam, brincam, curtem, apóiam, pagam contas.
Mas não sabem telefone de pediatra, nem doses de remédios, nem cuidados com alimentação ou higiene.
E o pior: mesmo com menos tempo com os filhos, nesses pequenos momentos, os “desgraçados” conseguem se divertir, nem ligar se é hora de banho, comida ou limpar nariz.Dão risada, jogam o menino para o alto e fica tudo bem.
E pra educar, ser respeitado pelo seu filho e conseguir se divertir com ele, já estamos carecas de saber: não há fórmula.
Há sim um convite ao auto-conhecimento, à tolerância, à cumplicidade e ao amor.
Pelo filho, pela família e por nós mesmas.
E percebo que, estando tranqüila comigo, o chilique não me tira do sério.
Consigo dar risada do quanto meu marido é desligado.
Vejo que a gente pode ser cúmplice e se permitir curtir mais o momento.
Mesmo com o nariz meio sujo, o remédio um pouco atrasado ou tendo que deixar a hora da comida ou do banho pra lá.
É possível permitir-se. Divertir-se. Esquecer um pouco as regras.
Entender que o melhor para o filho também tem muito a ver com o melhor pra gente.
Que eles e nós precisamos de uma pausa, pra fazer as nossas coisinhas, no nosso tempo. E poder entender que não há um só caminho. Sempre alguém vai dar um palpite, mas podemos fazer do nosso jeito. E esse jeito pode mudar com a gente.
E cada conflito a gente vai se conhecendo e entendo melhor o que de verdade nos chateia e nos faz feliz. Então percebemos que, muitas vezes essas coisas não estão fora, mas dentro da gente.
E nada melhor que uma boa conversa com uma grande amiga pra deixar as coisas mais claras e mais leves.
E ajudar a gente a relaxar, se aceitar e poder curtir essa melhor coisa do mundo que é ter um filho."
Renata Píres, mãe do Levi, de quase 2 anos.